• 10
  • Jan
  • 2011

A História do Iate Clube do Natal

Por Redação Interativa às 11:25h

Em 06 de janeiro de 1952 um grupo de esportistas decidiu dar forma e vida ao desporto da vela na terra potiguar fundando a Flotilha de Snipes do Rio Grande do Norte.

A Base Aérea de Parnamirim apoiou a idéia cooperando com a parte técnica de organização de regatas e cedendo o local para instalação: dois amplos galpões, à margem direita do Rio Potengi, na praia da Rampa.

Reformaram-se os galpões. Fernando Avelar, secretário nacional da classe Snipe, incentivou os trabalhos.

Jaime Teixeira Leite, em visita a Natal, trouxe as plantas dos primeiros barcos que começaram a ser construídos.

A Flotilha começou a ter vida efetiva sob a direção de Fernando Pedroza (primeiro capitão), Silvio Lamartine (vice), Humberto Nesi (secretário) e José Aguinaldo (tesoureiro). Em 1953 tiveram início as primeiras regatas.

Após três anos de fundação da Flotilha, em 6 de janeiro de 1955, reuniram-se na residência de Aurino Suassuna, antigos e novos adeptos da vela. Objetivo: fundação do Iate Clube do Natal – uma proposta de Fernando Pedroza.

O novo clube, além dos Snipes, congregou outras classes internacionais, lanchas, seções de remo e pesca. O número de associados aumentou. A Flotilha permaneceu agregada ao recém-fundado Iate Clube que inaugurou uma intensa atividade náutica no Estado.

A primeira diretoria do Iate Clube do Natal foi constituída por Fernando Pedroza (comodoro), Aurino Suassuna (vice), os diretores Antonio da Silva Dantas (secretário), Sólon Galvão Filho (tesoureiro), Clemente Galvão Neto (social) e Ulisses Cavalcanti (de vela).

O primeiro Barco de Oceano registrado no Iate Clube do Natal pertenceu a Silvio Pedroza, então Governador do Estado. Era um Oceano classe D de 29 pés, construção de Germa Fréres, comandado pelo seu proprietário, com cinco tripulantes, entre os quais Ulisses Cavalcanti, Osório Dantas e Antonio Pinto de Medeiros. O "Boa Sorte" permaneceu no clube por 5 anos. Ainda em 1955, no mês de julho, tem lugar na raia Potengi, o Campeonato Brasileiro de Snipes, em disputa do Troféu Pimentel Duarte, com a presença de iatistas de todo o Brasil.

Com 15 Snipes bem equipados, o Iate Clube do Natal começou a participar de certames nacionais e internacionais e instituiu troféus que se tornariam emblemáticos entre snipistas do norte e nordeste brasileiros, como o Troféu Cecília Pedroza.

Em todos seus mais de 50 anos de história, o Iate sempre recebeu o apoio da sociedade natalense, do governo estadual e municipal e da imprensa do Estado. Vale destacar, também, o apoio dos órgãos militares – Marinha, Exército e Aeronáutico – traduzido de várias formas.

Um dos exemplos de abnegação e de amor à vela e ao mar, revelados pelo Iate Clube do Natal, é o de Miguel do Espírito Santo: pescador, companheiro dos primeiros tempos, construtor de barcos, professor de vela, medidor e Capitão de Flotilha, Miguel disputava todas as regatas em barcos Snipe por ele construídos.

Além dos veteranos, que permaneceram ativos por longo tempo, foram surgindo os novos defensores das cores do Iate, como Roberto Montenegro, 17 vezes campeão estadual de Snipes, representando anualmente o Iate Clube e a Federação de Velas em águas do Nordeste e do Sul.

A Flotilha de barcos Optimist – que contou inicialmente com o apoio dos Escoteiros do Mar – dedicada ao primeiro aprendizado de vela para meninos e meninas a partir de 6 anos de idade, foi precursora da Escolinha de Vela que teve como um dos seus fundadores e professores o sócio Pedro Siqueira. A escolinha consolidou-se definitivamente em 1983, na gestão do Comodoro Jaeci Galvão, tendo hoje mais de 120 alunos, formando a nova geração dos futuros campeões de vela.

Atualmente com 15 embarcações, a Classe Oceano vem realizando desde 1992, o "Circuito Potiguar de Vela Oceânica", evento já incluído no calendário náutico do Iate Clube do Natal e dos iates clubes do Nordeste.


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