• 25
  • Out
  • 2011

Conheça o colégio Santa Águeda

Por Redação Interativa às 10:29h

Santa Águeda é uma das maiores heroínas da Igreja primitiva. Natural da Sicília, na Itália, pertenceu a uma das mais nobres famílias do País. De pouca idade, Águeda consagrou-se a Deus pelo voto de castidade. O governador Quitiano, tendo tido notícia da formosura e grande riqueza de Águeda, acusada do crime de pertencer à Religião Cristã, mandou-lhe ordem de prisão. Águeda, vendo-se nas mãos de perseguidores exclamou: "Jesus Cristo, Senhor de todas as coisas, vós vedes o meu coração e lhe conheceis o desejo. Tomai posse da minha alma e de tudo o que me pertence. Sois o Pastor, eu sou vossa ovelha. Fazei que seja digna de vencer as tentações do Demônio".

Levada à presença do governador, este vendo-lhe a extraordinária beleza, ficou tomado de violenta paixão pela jovem e atreveu-se a incomodá-la com propostas indecentes. Águeda, indignada rejeitou-lhe a presença e elogios e declarou preferir a morte que manchar o nome de cristã. Quintiano, aparentemente, desistiu do plano diabólico, mas para conseguir os maldosos fins, mandou entregar a jovem a uma protistuta, mulher de má fama, na esperança de, na convivência com esta pessoa, Águeda se tornasse accessível.

Enganou-se porém o Governador. A mulher nada conseguiu e, depois de um trabalho inútil, durante 30 (trinta) dias pediu a Quitiano que afastasse Águeda de sua casa. Começou então o martírio da nobre siciliana. Tendo-a perante o Tribunal, Quitiano consultou-a com estas palavras: "não te envergonhas de rebaixar-te à escravidão do Cristianismo, quando pertences a nobre família"? Águeda respondeu: "escravidão de Cristo é liberdade e está acima de todas as riquezas dos Reis". A resposta a esta declaração foram bofetadas tão bárbaras, que fizeram a jovem desmaiar. Depois desta e de outras brutalidades a santa mártir foi metida na prisão, com graves ameaças de ser sujeita a maiores torturas, se não resolvesse abandonar a Religião de Jesus Cristo.

No dia seguinte foram realizados os bárbaros planos. Quitiano ordenou que a jovem fosse torturada, os membros lhe fossem deslocados e o corpo todo queimado com chapas de cobre em brasa e os seios cortados com alicates de ferro. Referindo-se a esta última brutalidade, Águeda disse ao Juiz: "Não te envergonhas de mutilar na mulher o que a tua mãe te deu para dele tirares o alimento? Após esta tortura crudelíssima, Águeda foi levada novamente à cadeia com ordem expressa de que não lhe fosse admitido nenhum tratamento a fim de curar-lhe as feridas. Deus, porém, que confunde os planos dos homens, enviou um auxílio para sua serva. Durante a noite lhe apareceu um bondoso velho, que se dizia mandado por Jesus cristo, para aliviar os seus sofrimentos e curá-la (o velho era o Apóstolo São Pedro), elogiou-lhe a firmeza e animou-a a continuar impávida no sofrimento. A visão desapareceu e Águeda, com muita admiração, viu-se totalmente curada. Cheia de gratidão, entoou cânticos, louvando a misericórdia e bondade de Deus. Os guardas, ouvindo-a cantar, abriram a porta e vendo-a curada, fugiram cheios de pavor.

As companheiras de prisão de Águeda aconselharam-na a fugir, aproveitando ocasião tão propícia. Ela, porém, disse: Deus me livre de abandonar o sofrimento antes de ter em minhas mãos, a palma da vitória. Passados quatro dias Águeda foi novamente apresentada ao Juiz. Este não deixou de exprimir admiração, ao vê-la completamente restabelecida. Águeda deu-lhe a explicação: vê e reconhece a onipotência de Deus a quem adoro; foi Ele quem me curou as feridas e me restituiu os seios. Como podes, pois, exigir de mim que o abandones? Não! Não pode haver tortura por mais cruel que seja que me faça separar-me de meu Deus. O Juiz não se conteve mais.

Tremendo de ódio e fora de si, deu ordem para que Águeda fosse despida e envolvida sobre cacos de vidro e brasas acesas. A santa sujeitou-se a mais esta ordem bárbara. De repente, sentiu-se forte tremor de terra. Uma parede bem perto de Quitiano desabou e sepultou os amigos mais íntimos do Juiz. Diante disso, o povo exclamou: "Eis o castigo que veio por causa do sofrimento de Águeda".

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